quarta-feira, 26 de junho de 2013

MEDICINA NA ARGENTINA | Revalidação do diploma médico do exterior será modificada

Revalidação do diploma médico do exterior será modificada

O objetvo é que o padrão de cobrança dos médicos estrangeiros seja similar à formação dos brasileiros

AFP/ Karen Bleier
Médica com estetoscópio
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que até 2014 serão abertos 35 mil postos de trabalho médico nas Unidades de Pronto-Atendimento
São Paulo - O exame para validação de diploma de médico obtido no exterior, o Revalida, deverá ser alterado. Uma das estratégias será calibrar a dificuldade das questões da prova de acordo com o desempenho de estudantes brasileiros, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A ideia é submeter alunos de faculdades brasileiras de Medicina, como parâmetro, a uma prova formada por questões do banco do Revalida. A medida será aplicada ainda neste ano. “O padrão de cobrança dos médicos estrangeiros deve ser similar à formação dos brasileiros”, disse Padilha.

Durante audiência na Câmara dos Deputados, ontem, Padilha observou que o número de validações de diplomas estrangeiros caiu de forma expressiva desde que o Revalida passou a ser adotado no País, em 2011. Em 2010, 402 médicos formados no exterior receberam permissão para atuar no País. Em 2011, com a implementação do Revalida, foram 238 e no ano passado, 121. “O exame será aprimorado”, disse.

Padilha afirmou que até 2014 serão abertos 35 mil postos de trabalho médico nas Unidades de Pronto-Atendimento. Pelas contas do ministro, isso significa um aumento da demanda de aproximadamente 70 mil profissionais. Há, além disso, um pedido feito por prefeitos de 13 mil profissionais.

“Não há como falar em números exatos sobre qual a necessidade de médicos no País. É certo que o problema terá de ser enfrentado com várias medidas, não apenas com uma.”
Dispensa. A estratégia para atrair médicos estrangeiros para o Brasil passa também pela dispensa do revalida. Duas propostas deverão ser colocadas em prática: convênios de intercâmbio com países como Portugal e Espanha e chamada internacional. O ministro afirmou que estrangeiros, além de passar por um teste de domínio do português, terão seu currículo e histórico escolar avaliado.

“A autorização especial não será concedida de forma imediata. Haverá uma análise prévia”, disse. De acordo com Padilha, a expectativa é de que sejam recrutados de Cuba médicos especializados em saúde da família.

A ideia foi bem recebida pelo presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D’Ávila. Ele observou, no entanto, que as medidas não atenderão os objetivos do ministério. “O problema do País é falta de financiamento na saúde. Falta de estrutura”, disse.

D’Avila afirmou que estudantes de Rio Grande do Norte realizaram a prova de Clínica Médica do Revalida, com um índice de aprovação de 70%. Um número que, em sua avaliação, poderia indicar que o teste não apresenta um alto grau de dificuldade. Padilha, porém, diz que nenhuma prova foi aplicada por iniciativa do ministério.


 
 

MEDICINA NA ARGENTINA | Ministro da Saúde anuncia 35 mil novas vagas de médicos


Ministro da Saúde anuncia 35 mil novas vagas de médicos 


Promessa faz parte de pacto anunciado por Dilma na segunda.
Padilha diz que também pretende importar médicos estrangeiros este ano.


Mariana Oliveira
Do G1, em Brasília


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O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (25) a abertura de 35 mil vagas de médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) até o ano de 2015.
Além disso, conforme o governo, mais 12 mil vagas de residência médica serão criadas até 2017 para formar especialistas em 27 áreas prioritárias, como pediatria, anestesiologia, radiologia e psiquiatria. Das vagas de residência, 4 mil devem ser criadas até 2015.

O anúncio, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é parte do pacto sugerido pela presidente Dilma Rousseff na véspera a governadores e prefeitos das capitais para melhorar os serviços de saúde após a onda de protestos por melhores condições de vida em todo o país.
Quais são as novidades:
- serão abertas 35 mil vagas de médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) até o ano de 2015;
- 12 mil vagas de residência médica serão criadas até 2017;
- 4 mil vagas de residência devem ser criadas até 2015;
Padilha informou que as novas vagas para médicos se referem aos R$ 7,1 bilhões em investimentos previstos pelo governo federal nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (Upas) 24 horas, sem considerar gastos estaduais, o que pode elevar a oferta de cargos.
Os salários para as vagas a serem criadas seguirão os critérios do SUS, variando conforme a região, a quantidade de horas trabalhadas e outros fatores.
Dados do Ministério da Saúde indicam que o déficit atual de médicos é de 54 mil profissionais atualmente. O Brasil tem uma média de 1,8 médico a cada mil habitantes, contra 1,9 da Venezuela, 2,4 do México, 3,2 da Argentina e 6 para cada mil habitantes em Cuba.
Segundo o ministro, como existe uma falta de profissionais nos dias atuais, o governo pretende suprir o déficit com a importação de médicos estrangeiros, medida contestada por diversas entidades que reúnem médicos no país.
Padilha informou que a última edição do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que pretende levar médicos ao interior e periferias, registrou a oferta por municípios de 13 mil vagas, mas somente 3,5 mil médicos estão atuando no programa, que prevê bolsa mensal de R$ 8 mil para os profissionais.
Segundo ele, haverá uma nova convocação para que prefeituras disponibilizem vagas e a prioridade será de profissionais brasileiros. No entanto, destacou, se as funções não forem preenchidas, o governo vai importar profissionais estrangeiros ainda este ano para suprir o déficit.
“Faltam médicos no Brasil. Se o Brasil quer ter um sistema público universal, precisamos de mais e melhores hospitais e de mais médicos. Não se faz saúde sem médicos. Temos uma série de ações para valorizar e formar profissionais. Mas enquanto não se conclui essa formação, que dura 6, 7 anos, precisamos atrair médicos de outros países.
Criação de vagas e residências
O secretário de gestão do trabalho do Ministério da Saúde, Mozart Sales, explicou que atualmente 22 estados estão abaixo da média nacional de 1,8 médico para cada mil habitantes. Somente Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo superam a médica.
Além disso, informou o secretário, 5 estados tem menos de 1 médico para cada mil habitantes: Acre, Amapá, Maranhão, Pará e Piauí. Segundo ele, os dados mostram a necessidade de formação de profissionais. Ele destacou que somente no SUS há previsão de 35.073 postos de trabalho de médicos até 2015 e que está em andamento levantamento para verificar a demanda nos estados.
Para capacitar profissionais para assumirem as vagas, disse Sales, o objetivo é ampliar o número de médicos residentes, que são aqueles em formação. Atualmente, o país tem 11 mil vagas para cada 15 mil estudantes de medicina que se formam. Por isso, o governo criará mais 4 mil vagas nos hospitais até 2015 e prevê outras 8 mil vagas até 2017.
Esses estudantes, recebem bolsa de R$ 2.350. Além da bolsa, o governo pretende aplicar R$ 100 milhões por ano, sendo o máximo de R$ 200 mil por hospital, para incentivar que unidades hospitalares criem vagas de residência.
O edital para o programa de residências em 2014 prevê que instituições interessadas em ofertas vagas façam inscrições entre 1º de julho e 30 de setembro. Uma novidade é que hospitais privados sem fins lucrativos também podem participar do programa.
São 27 as especialidades prioritárias do programa, aquelas com maior déficit de profissionais. Conforme o ministério, em pesquisa com gestores constatou-se que faltam profissionais principalmente na área de anestesia, pediatria, psiquiatria, neurologia, neurocirurgia e radiologia.
Dados do Ministério da Saúde indicam que o déficit atual de médicos é de 54 mil profissionais atualmente. O Brasil tem uma média de 1,8 médico a cada mil habitantes, contra 1,9 da Venezuela, 2,4 do México, 3,2 da Argentina e 6 para cada mil habitantes em Cuba
Provab
O Provab, realizado no começo do ano para chamamento de médicos para atuar no interior e periferias, terá nova edição, segundo o Ministério da Saúde, com prioridade para que brasileiros preencham as vagas.
O programa também terá mil vagas para enfermeiros e 500 vagas para dentistas. Os municípios interessados em ofertar postos de trabalho devem procurar o ministério a partir de 17 de julho. Depois, será iniciada a convocação dos profissionais.
Médicos estrangeiros
Alexandre Padilha, ministro da Saúde, voltou a falar sobre a contratação de médicos estrangeiros para suprir o déficit temporário e destacou que o programa de atração de profissionais ainda está em fase de formatação.
O objetivo, disse ele, é que os profissionais tenham autorização temporária para atuar exclusivamente no SUS e nas periferias ou no interior. Ele disse que não se pode apontar obstáculos, como as diferenças culturais e a língua estrangeira.
“A língua não é um obstáculo intransponível, senão não tinha o Médico Sem Fronteiras, que ganhou o Nobel da Paz por salvar vidas. Vamos buscar profissionais que tenham habilidade, capacidade de se comunicar, dialogar com o paciente. Agora, não é obstáculo."





MEDICINA NA ARGENTINA | Brasil vai abrir 12 mil vagas de residência médica



Brasil vai abrir 12 mil vagas de residência médica até 2017


O Ministério da Saúde anunciou ontem que até 2017 irá abrir 12 mil vagas de residência médica em todas as especialidades. A medida visa a ampliar o número de especialistas e zerar o déficit da residência médica em relação ao número de formados em medicina. As primeiras 4 mil vagas serão criadas até 2015.
A ampliação iguala o número de vagas de residência médica ao de postos na graduação. Na residência, o profissional se especializa em uma área médica como, por exemplo, cardiologia e pediatria. "A meta é chegar em 2018 com perspectiva de uma vaga de residência para cada médico formado no Brasil", disse o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales.
A medida integra o conjunto de ações do ministério para melhorar a saúde pública no país e faz parte do pacto anunciado ontem (24) pela presidenta Dilma Rousseff em resposta às reivindicações surgidas nas manifestações nos últimos dias.
As medidas serão acompanhadas de um investimento anual de R$ 80 milhões em hospitais e unidades de saúde que expandirem programas de residência e R$ 20 milhões para infraestrutura, como reforma e estruturação de laboratórios e bibliotecas e também para aquisição de material permanente. Mais R$ 60 milhões serão destinados à manutenção dos programas de residência e formações dos profissionais que irão orientar os residentes.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os investimentos na área de saúde vão abrir nos próximos anos 35 mil postos de trabalho. "Não existe estratégia única para enfrentarmos o problema de levar mais médicos para perto da população", disse. O ministro reforçou que, mesmo assim, será preciso contratar médicos estrangeiros para suprir a demanda por profissionais. "O Brasil precisa formar mais médicos e formar mais especialistas. Isso demora sete, oito anos, enquanto isso precisamos atrair médicos estrangeiros. O edital que estamos construindo chama médicos brasileiros e as vagas que eles não preencherem vamos chamar os estrangeiros", explicou.
 

Pacto por melhores hospitais
O ministro iniciou o discurso citando a reunião que ocorreu segunda-feira, 24, entre a presidente Dilma Rousseff e prefeitos e governadores. "Um dos pontos que ela propôs e que teve apoio dos presentes foi o pacto nacional por mais e melhores hospitais, mais médicos e mais perto da população", disse. Segundo o ministro, técnicos do ministério já iniciaram na manhã de ontem uma reunião "para detalhar esse pacto".
"A primeira ação, bastante imediata, é executar mais rápido os R$ 7 bilhões que já estão contratados entre ministério, Estados e municípios", afirmou. Outra medida, segundo ele, é acelerar a adesão de hospitais filantrópicos ao programa do ministério que troca dívida por mais atendimento e que dá incentivo a procedimentos de média complexidade.
Mais uma das ações, conforme Padilha, é a discussão do financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). "Foi consenso que precisamos ter recurso para investimento e orçamento crescente para manutenção, contração de profissionais e de insumos", disse. "O que anunciamos hoje é parte desse pacto para levarmos mais médicos à população brasileira", afirmou.
O Brasil tem hoje 1,8 médicos por mil habitantes, segundo dados do governo. Essa média é menor que Argentina (3,2), Uruguai (3,7) e Reino Unido (2,7). E 22 estados brasileiros estão abaixo da média nacional.





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